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Osmar Mendes : Aprendendo a Ensinar a Fé Bahá'í
Aprendendo a Ensinar a Fé Bahá'í
Um estudo
Editora Bahá'í do Brasil

É fundamental que, todos os dias, leia algo do livro, medite e decida como integrar em sua vida, um por um, os dez itens imprescindíveis a um planejamento eficaz para o ensino individual. Confie na ação invisível da ajuda infalível de Bahá'u'lláh, para cumprir alegre e vitoriosamente este mandamento de nosso Bem-Amado:

"Auxiliar-Me é ensinar Minha Causa.
Este é um mandamento inalterável de Deus,
eterno no passado, eterno no futuro."
Bahá'u'lláh

Não existem professores formados em "Como ensinar a Fé Bahá'í", mas seguindo os textos já existentes, e usando os parâmetros da RAZÃO, você e eu, caro leitor, poderemos aprender juntos.

POR QUE ESTE TRABALHO?

Em 4 de julho do ano passado a NASA fez descer em Marte, exatamente em local do planeta previamente previsto, um robô espacial que enviou excelentes fotos de nosso vizinho cósmico.

Os jornais divulgaram que dois anos antes, quando a nave espacial foi lançada da Terra, tudo estava previsto para a chegada em Marte justamente no dia em que se comemora o aniversário da independência dos Estados Unidos - 4 de julho.

Antes, obviamente, a equipe da NASA já havia mais que estudado todos os detalhes da viagem, de sua preparação, do tipo de equipamento necessário, ponto a ponto, detalhe a detalhe.

Usando o conhecimento científico, a razão e o bom senso, conhecendo e aplicando as leis da natureza, bem como as tecnologias mais avançadas no campo espacial, os técnicos da NASA conseguiram mais um feito extraordinário, histórico inclusive.

Aqui, foi que comecei a raciocinar.

á imaginaram se a NASA não tivesse previamente dividido o seu objetivo - colocar um robô cientista em Marte - em várias etapas, no tempo e no espaço, prevendo item por item o que se fazia necessário para preparar um roteiro infalível para a viagem da Terra a Marte, com que equipamento, veículo, combustível, etc., prevendo ainda eventuais revezes no caminho e a possibilidade de correções?

Nós, Bahá'ís, todos queremos muito ensinar, ensinar com sucesso, despertar almas e corações a Deus e levá-los a conhecerem e reconhecerem Bahá'u'lláh como Seu Mensageiro para os nossos dias, ingressando oficialmente em Sua Causa.

É a nossa meta, o objetivo do ensino individual, a parte da vida Bahá'í que traz mais alegria e recompensas espirituais.

Mas, não é, aparentemente, uma empreitada fácil. É como mandar um robô especial a um planeta distante como Marte. Precisa, deduz-se, haver muito planejamento, correto, com base em leis infalíveis, com material e equipamento devidos, e com um direcionamento de ação que permita correções ao longo do caminho.

1ª PARTE
ELIMINANDO PRESSUPOSIÇÕES INDEVIDAS:

Antes de partirmos para um planejamento científico, dentro da razão e em harmonia com as leis da vida e da natureza, meditemos sobre o que chamo de pressuposições indevidas.

* Estamos diante de uma muralha de pedra, intransponível ou de projeções psicológicas, temores internos que evitamos "olhar de frente"?

* Quais, dentre tantas que existem, são as mais paralisantes das pressuposições indevidas?

1. Não queremos parecer proselitistas!

Cada pessoa tem todo o direito de pensar por si mesma, em tudo na vida, em especial em assuntos de religião. E foi o próprio Shoghi Effendi quem claramente escreveu que os Bahá'ís devem evitar o proselitismo.

* Proselitismo significa pressionar para que alguém mude de religião, em particular para a sua religião.

* Normalmente, é uma forma de coação.

* Sendo uma forma utilizada por muitos religiosos, e por ser um processo "não-natural", "imposto", quase sempre contra a vontade da pessoa, o proselitismo realmente é para espantar eventuais interessados, e por ser algo "irregular" é que não é aprovado como procedimento de ensino na Fé Bahá'í.

- Mas, todos nós, Bahá'ís, devíamos lembrar sempre o que aprendemos nos textos oficiais da fé, em especial sobre como "transmitir a Mensagem divina de Bahá'u'lláh".

É-nos ensinado que devemos dar essa mensagem em espírito de humildade, como se estivéssemos entregando um presente a um rei. Com muita reverência e sinceridade. Um presente realmente valioso, o mais valioso "presente" que se pode dar a uma pessoa, pelo conteúdo espiritual que tem, cujo valor não há dinheiro no mundo que compre.

- Observem o que isso significa, na prática:

a) Devemos olhar para a pessoa a quem iremos presentear nossa mensagem, como se estivéssemos na presença de um rei.

b) E devemos estar conscientes do valor inestimável do nosso "presente", a Mensagem de Bahá'u'lláh.

- Em decorrência desses fatos:

* Naturalmente iremos manter uma atitude de muita dignidade, tanto com respeito a quem presenteamos, como pelo próprio "presente" do qual somos portadores.

* É fácil imaginar com que respeito e cuidado iremos falar,

* com que alegria expressaremos nossos sentimentos pela oportunidade dupla tão maravilhosa de:

1. oferecer algo precioso a alguém de alta nobreza, e

2. ter o privilégio de sermos os portadores dessa preciosidade.

- É fácil imaginar como deveríamos agir numa circunstância dessas. Pois esta é a maneira corretar de FALAR DA FÉ BAHÁ'Í.

É nessa atitude mental e espiritual que acontece o que Bahá'u'lláh prometeu:

"Se qualquer um abrir os lábios neste dia e fizer menção do nome de seu Senhor, as hostes da inspiração divina sobre ele descerão do céu de Meu nome, o Onisciente, a suma sabedoria. Sobre ele haverá de baixar, também, a assembléia do alto, cada um erguendo um cálice de pura luz. Assim foi pré-ordenado no domínio da revelação de Deus, o mando d'Aquele que é o Todo-Glorioso, o Potentíssimo."

2. Afinal, estamos sendo úteis às pessoas às quais ensinamos, ou o que nos move são apenas interesses "egoístas" - querer trazê-los à nossa Fé como mais uma "ovelha ao nosso rebanho"?

Com toda a franqueza para nós mesmos, qual o motivo que nos move ao ensinarmos?

* Estamos tirando a pessoa de sua Fé, apenas para nos sentirmos vitoriosos, ou desejamos sinceramente ampliar bem mais os horizontes da pessoa, no entendimento perfeito do conceito da UNIDADE DA RELIGIÃO e para que possa conviver fraternalmente, conscientemente, com os membros de toda e qualquer religião?

* Estamos diminuindo-lhe a fé e a esperança, ou buscando aumentar ainda mais a certeza da realidade espiritual de sua natureza, a certeza de um Deus uno e misericordioso, e a oportunidade de conhecer, conviver e participar de uma comunidade mundial que está efetivamente construindo uma civilização planetária de paz, justiça, amor, progresso e fraternidade?

Isso é mais que esperança, é a comprovação de uma realidade que somente a comunidade Bahá'í mundial pode oferecer integralmente.

* Estamos em busca do dinheiro da pessoa, ou oferecendo-lhe a oportunidade de viver integralmente uma religião sem a obrigatoriedade do dízimo?

* De alguma forma, direta ou indireta, damos a entender que deve se isolar da família, mesmo que todos os outros membros, exceção dele (ou dela), não sejam Bahá'ís?

* Exercemos alguma forma de pressão sobre a vida do novo bahá'í, ou amorosamente explicamos porque só tem a ganhar com a vivência dos princípios e ensinamentos Bahá'ís e obediência às leis de Deus conforme reveladas por Seu Manifestante escolhido?

Se não há nada que prejudique o contato, pelo contrário, tudo o que lhe oferecemos é útil e benéfico e nada iremos lhe tirar, nem liberdade pessoal, muito menos seus bens,

* Por que o impedimento de nossa parte em contatarmos o maior número possível de pessoas, diariamente, para, com sabedoria, falar-lhe da Mensagem divina de Bahá'u'lláh?

A única resposta é que não ensinamos porque não sabemos como ensinar, como iniciar contatos, como encontrar oportunidades, e o que falar quando temos a oportunidade.

- Por isso, precisamos analisar minuciosamente num processo mental de planejamento, passo a passo, prevendo tudo (a exemplo do que a NASA faz com seus projetos espaciais), qual o melhor caminho, para nós (dentro de nossas condições de vida), para efetivamente atuarmos no ensino individual,

* com alegria,
* com fé e confiança inabaláveis,
* com sabedoria e amor a quem ensinamos,
* e com resultados positivos, certamente.
- Não é tão difícil conseguir isso. Vejamos:

Não sei tudo sobre o ensino. Mas como sou Bahá'í há muitos e muitos anos, ao longo do tempo e pelas observações feitas (pois sempre fui um curioso atento a todos os métodos e resultados do trabalho de ensino, individual ou em projetos comunitários), aprendi muito, chegando a muitas conclusões que são todas pessoais. Mas, temos aí os textos oficiais da Fé, centenas, de todas as Figuras Centrais da Fé e, ultimamente, também da Casa Universal de Justiça.

Inegável o fato de que "cada Bahá'í forma seu próprio método de ensino". Há princípios básicos e muitos ensinamentos elucidativos. Há até afirmações muito fortes, aparentemente misteriosas, da ajuda invisível no trabalho de ensino, que a maioria parece não dar a atenção devida, mas que são fatos concretos, embora subjetivos, nos resultados que se obtém quando harmonizamos nossas ações às ações prometidas por Bahá'u'lláh em especial.

Respeitando sempre as "formas individuais criadas por qualquer Bahá'í que se esforça por ensinar sua Fé", iremos buscar traçar alguns caminhos, ações óbvias e comuns a todas as formas individuais existentes, pois se trata do caminho da razão e do bom-senso:

ITEMS QUE PRECISAM NECESSARIAMENTE
SEREM CONSIDERADOS AO PLANEJARMOS
NOSSA VIDA PARA O ENSINO DA FÉ:

(1) Ler repetidamente textos e mais textos das Figuras Centrais sobre o ENSINO DA FÉ.

(2) Em particular, ler e vivenciar o que está escrito no Livro VI do Instituto Ruhi.

(3) Orar pela manhã, pedindo para que "sejamos levados às almas que estão prontas para receber a mensagem bahá'í", e para que "elas sejam conduzidas a nós."

(4) Estar atento, o dia todo, para essas duas formas de oportunidades, com expectativa confiante, pois, seguramente, ou de parte do contato, ou por nossa iniciativa, sempre encontraremos oportunidades e ouvidos abertos a nos ouvirem.

(5) Dê-se metas de quantos contatos irá fazer no dia de hoje. E à noite avalie seu trabalho, fazendo orações sinceras pelo progresso espiritual das pessoas contatadas.

(6) Anote seus nomes, endereços e telefones, para futuros contatos.

(7) Ande sempre com folhetos Bahá'ís e cartões de declaração, como sinal de autoconfiança de que terá oportunidade de utilizá-los.

(8) Saiba em que dias, locais e horários, existem atividades Bahá'ís em sua comunidade, como reuniões devocionais, reuniões fire-sides, festas de unidade, reuniões de estudo em grupo, atividades sociais, etc.

- para convidar seus contatos a uma elas.

(9) Conheça os livros Bahá'ís, para saber quais irá recomendar ao contato, dependendo da área de interesse do mesmo. Colabore com sua Assembléia Local, que deverá ter uma biblioteca para a venda dos livros Bahá'ís. Informe ao contato onde e quando poderá adquirir os livros Bahá'ís.

(10) Trabalhe sistematicamente, ou seja, acompanhe organizadamente seus esforços de ensino:

* tenha e leia sempre a lista com os nomes de seus contatos,

* regularmente, telefone a eles e convide-os amorosa e sabiamente para alguma reunião em sua comunidade, muito especialmente reuniões devocionais.

* Busque integrar o contato mais interessado em atividades sociais e de estudo de sua comunidade.

Trate-o como se já fosse um Bahá'í declarado, pois quando comparece mais de uma vez com certeza estará cada vez mais próximo do ingresso na Causa.

* tenha certeza de que o caminho mais direto e seguro para tocar uma alma é o CORAÇÃO.

Disse Bahá'u'lláh:

"As coisas que Deus reservou para si são as cidadelas dos corações humanos, para que ele os possa purificar de toda corrupção terrena e fazer aproximarem-se do lugar sagrado que as mãos do infiel jamais poderão profanar. Abri, ó povo, a cidadela do coração humano com a chave de vossas palavras. Assim temos Nós, de acordo com uma medida pré-ordenada, vos prescrito como vosso dever."

"O que Ele reservou para si próprio são as cidadelas dos corações humanos, dos quais os bem amados d'Aquele que é a verdade soberana são, neste dia, como as chaves. Queira Deus que a eles, cada um e todos, seja possibilitado descerrar, através do poder do Maior Nome, os portais dessas cidadelas."

* Isso significa que o instrutor, acima de tudo, deve ter em seu coração um amor imenso por Bahá'u'lláh e por todos os seres humanos, seus irmãos na humanidade, e com toda sinceridade transmitir-lhes esse amor, que resulta em compreensão e apoio, solidariedade e ajuda, respeito e amizade, oração e dedicação, enfim, para tocar o coração... a cidadela que Deus reservou para Si.

Não é necessário saber muito sobre a Fé para ensinar, nem para se declarar bahá'í, mas há que haver muito AMOR no coração, amor divino, e transmiti-lo profusamente, de todas as formas condignas, sinceras, puras.

O que leva alguém a se declarar não é o CÉREBRO, e sim o CORAÇÃO. Não são argumentos intelectuais, não é a erudição, conhecimentos e mais conhecimentos, e sim a humildade em desejar aprender, obediência e respeito a Deus e às Suas leis, o entusiasmo e a alegria por ter amigos como os Bahá'ís, por ter recebido deles apoio e compreensão, e por saber existir um novo Mensageiro divino para os nossos dias, Bahá'u'lláh.

* O conhecimento da história, de todas as leis, princípios e ensinamentos da Fé, é algo que virá com o tempo e que aparentemente nunca termina, tão abrangentes e numerosos são eles.

* O início é o AMOR e as coisas do CORAÇÃO, cujos fatores deverão ser sempre os primeiros a serem transmitidos no ENSINO direto da Fé.

IMPORTANTE:

Muitas frustrações que normalmente são reclamadas por aqueles que começam a ensinar, quase sempre sem planejamento algum, é que não conseguem obter declarações.

A explicação, dentro da razão e do bom-senso, é que, na realidade, a avaliação não deveria ser feita pelo número de declarações a curto ou médio prazo.

É como uma plantação de café, como exemplo. Para se prever quantas sacas de café espera o agricultor colher, terá de programar uma quantidade determinada de árvores plantadas, plantá-las, acompanhar o crescimento, cuidar das intempéries, e depois, no momento certo, ter como colher os grãos e ensacá-los. Se não houver previsão e ações corretas, e o tempo devido, não haverá colheita como desejado.

O ENSINO exige muita organização, planejamento detalhado, materiais necessários, ações contínuas, persistentes, correções diante de inesperadas intempéries, e paciência para o momento certo da colheita, e, sempre, total confiança na ação da Natureza (a ajuda divina infalível).

O MOMENTO DA DECLARAÇÃO E A
OPORTUNIDADE DE INTEGRAÇÃO NA FÉ

Conhecemos Bahá'ís que conheceram a Fé, declaram-se Bahá'ís e então foram levados a se integrarem na Fé, começando a participar das atividades comunitárias.

Mas conhecemos outros Bahá'ís, também, que conheceram a Fé mas não se declararam logo, foram convidados por quem os ensinou (quem lhes falou da Fé pela primeira vez) a participarem de reuniões de estudo, reuniões devocionais, atividades sociais da Fé, ajudando pessoalmente em muitas das atividades, até ligadas ao ensino, e só mais tarde, quando já estavam bem familiarizados com o "modo de ser e de viver" dos Bahá'ís, da vida comunitária, depois de conhecerem muitos outros Bahá'ís, é que se declararam. É como um fruto maduro que cai sozinho da árvore.

Em ambos os casos, a consolidação com a integração da pessoa na vida comunitária, é sempre essencial.

* Porém, é sempre mais importante VIVENCIAR a Fé do que apenas assinar um carão de declaração muito rapidamente.

* Na verdade, assinar um cartão não significa a certeza da conscientização, de parte de quem assina apressadamente, do que realmente SIGNIFICA SER BAHÁ'Í.

* Felizmente, com os processos de INSTITUTO já em vigência no Brasil, a oportunidade existe para que os novos Bahá'ís, seja os que se declaram rapidamente ou os que demoram mais, tenham oportunidade de se aprofundarem na Fé de uma forma sistemática e contínua.

* De qualquer maneira, o mais seguro é procurar integrar o contato na vida comunitária bahá'í, particularmente naquelas atividades de cunho mais espiritualizante, como as reuniões devocionais e as reuniões de estudo, de características bem humanas, como demonstrações de amizade sincera, de atenções desinteressadas, de apoio e ajuda no que for possível, para que o contato sinta-se como membro querido de uma nova e grande família, a família bahá'í.

* Mais do que conhecer e oficialmente declarar-se bahá'í, o contato sentir-se-á mais amado e confiante na nova família, especialmente amigo daqueles com quem mais convive na Causa e quando é convidado amorosamente para integrar-se na vida da comunidade.

* Nessa condição, quando alguém lhe disser que precisa preencher um cartão e assinar confirmando sua condição de BAHÁ'Í, com certeza o fará sem dificuldade alguma.

2ª PARTE
CAMINHANDO PASSO A PASSO

Que tal, leitor, vamos preparar tudo direitinho para enviarmos nosso robô "bahá'í" ao planeta Marte dos corações humanos?

Foram indicados 10 itens como fatores indispensáveis ao sucesso completo e seguro de nosso planejamento e das ações devidas quanto ao ensino pessoa a pessoa.

(1) Ler repetidamente textos e mais textos das Figuras Centrais da Fé sobre o ENSINO DA FÉ.

Nem sempre nos damos conta de que as coisas invisíveis são sempre mais poderosas do que as coisas materiais e palpáveis.

Um exemplo, apenas para ilustrar a afirmativa:

* Jogamos qualquer objeto para o ar e ele sempre será atraído para o solo, voltando à superfície do local de onde foi jogado para cima.

- Por quê? Devido exclusivamente à força da gravidade, algo invisível, mas real e atuante.

- Mas, mesmo essa lei da natureza - a gravidade - pode ser superada por outra lei, também invisível, mas eficaz quando aplicada.

- Imaginemos um super avião, um 757, cheio de passageiros. Será um objeto (material) com milhares e milhares de quilos. Como levantá-lo do solo e, ainda mais, como conseguir que se mantenha no ar e se dirija a locais longínquos, lá descendo suavemente, sem perigo algum para os passageiros?

- Utilizando-se a lei da aerodinâmica, desenvolvida pelo ser humano, e que opera verdadeiro milagre com a existência dos aviões e vôos previamente organizados.

- Quando entramos em um avião, nem sempre pensamos nisso, que lá estamos, seguros, devido à ação, controlada pelo homem como instrumento dessa lei, de uma força invisível, força que é imutável e eficaz cem por cento quando bem aplicada.

- Já imaginou você entrar num avião e alguém da tripulação lhe dizer: "Vem cá na cabine. Assuma o comando e leve essa aeronave até o seu destino."

- Você não faria isso, por total desconhecimento dos procedimentos para bem utilizar a lei e a força da aerodinâmica. Mas no avião há uma pessoa que faz isso tranqüila e confiantemente. É o piloto. Ele estudou e praticou. Conhece em detalhes como operar com os equipamentos e como utilizá-los para garantir a segurança do vôo.

- O piloto não vê as forças e a lei que está utilizando, mas sabe que existem, embora invisíveis, e que são aplicáveis em seu benefício.

* O mesmo ocorre com o ensino da Fé e nosso trabalho individual como instrutores.

Por isso é importante ir aprendendo as dicas e orientações de quem conhece e é infalível (as Figuras Centrais da Fé). Como nosso objetivo é o ENSINO, devemos procurar textos e mais textos sobre o que o Báb, Bahá'u'lláh, 'Abdu'l-Bahá, Shoghi Effendi, e agora a Casa Universal de Justiça, escreveram sobre o assunto.

Quanto mais conhecermos e guardarmos no coração e na memória o que esses PROFESSORES INFALÍVEIS disseram, mais eficazmente poderemos conduzir o nosso trabalho de ensino.

* Lembrar sempre da realidade invisível, como ocorre em toda a Natureza, e confiar na ação das leis e das forças divinas colocadas à nossa disposição.

(2) Ler e vivenciar o que está escrito no Livro VI do curso RUHI.

- Vital praticá-lo, inicialmente participando de seu estudo detalhado e, paralelamente, ir aplicando o que no livro é ensinado.

(3) Orar pela manhã, pedindo para que "sejamos levados às almas que estão prontas para receber a mensagem de Bahá'u'lláh e para que elas sejam conduzidas a nós."

- Aqui, uma aplicação infalível da lei invisível de ajuda divina. Qualquer Bahá'í que ore sinceramente pedindo tal tipo de ajuda com toda certeza, e até para sua surpresa muitas vezes, constatará a infalibilidade dessa lei e a força espiritual garantida por Bahá'u'lláh.

(4) Estar atento, o dia inteiro, a essas duas formas de oportunidades...

- Realmente, ou a gente, até sem querer, encontra pessoas prontas para ouvir a Mensagem de Bahá'u'lláh, ou, misteriosamente (operação da lei invisível) tais pessoas vêm ao nosso encontro de muitas formas. Há que se vivenciar tal expectativa, pois infalivelmente acontece.

(5) Dê-se metas de quantos contatos irá fazer no dia de hoje. À noite, avalie seu trabalho, fazendo também orações sinceras pelo progresso espiritual das pessoas contatadas.

- Apenas como dica:

* Podemos organizar uma lista com nomes de candidatos potenciais para contatarmos para a Fé:

o parentes,
o vizinhos,
o colegas de trabalho, de escola ou de clube.
o Ex-colegas que há tempo não contatamos.

o Pessoas que diariamente contatamos na rua, no supermercado, em lojas, eventos, cursos, etc.

- Tenha como meta levantar os nomes de pelo menos 50 pessoas dentre seus parentes e conhecidos. Será um bom começo.

- E como a Mensagem de Bahá'u'lláh é dirigida a todas as pessoas, as quais, conforme afirma Bahá'u'lláh, todas têm a capacidade de entender Sua Mensagem, não há como ter preconceito contra quem quer que seja. Todas as pessoas têm o direito de ouvir sobre esta Mensagem divina!

(6) Anote seus nomes, telefone, endereço, para futuros contatos.

Este item representa um trabalho organizado e sistematizado, mais uma garantia da eficácia de suas ações de ensino.

Não desperdice nenhum esforço. Todo contato feito deverá ser avaliado e trabalhado persistentemente, sempre com sabedoria e amor.

(7) Ande sempre com folhetos e cartões de declaração, como sinal de autoconfiança de que terá oportunidades de utilizá-los.

- Algo importante, inclusive como automotivação para contatar pessoas e pelo menos entregar-lhes um folheto, como passo inicial de um trabalho que deverá tentar levar adiante na ocasião ou em uma oportunidade futura.

(8) Saiba em que dias, locais e horários existem atividades Bahá'ís em sua comunidade às quais poderá convidar seus contatos: reuniões devocionais em especial, e outras, como fire-sides, festas de unidade, comemorações e eventos públicos ou comunitários.

- Tudo isso, é claro, além das reuniões que eventualmente você mesmo realiza em sua casa, particularmente reuniões de orações e fire-sides.

- Peça à sua Assembléia Local uma lista de todas as atividades comunitárias às quais poderá convidar seus contatos e ande sempre com uma cópia em mãos. Dependendo do interesse do contato, pode entregar a ele uma cópia dessa lista de atividades Bahá'ís na localidade.

- Tenha certeza de que quanto mais Bahá'ís o contato conhece mais oportunidade terá de ouvir sobre a Fé e de conhecer diferentes pessoas que seguem os ensinamentos de Bahá'u'lláh.

(9) Os livros Bahá'ís como instrumento de ensino.

Os livros sobre a Fé, e em especial os livros de autoria de Bahá'u'lláh e 'Abdu'l-Bahá (repositórios principais da Palavra Sagrada), são imprescindíveis no trabalho de ensino. Eles, no recesso do lar, realmente aprofundam o conhecimento da Fé e estimulam, emocionam, esclarecem, falando silenciosamente à mente e ao coração do leitor.

Completarão, de forma eficaz, o trabalho inicial do instrutor. Por isso, cada pessoa que ensina deve conhecer bem a literatura Bahá'í para saber que livro indicar conforme o interesse ou pedido do próprio contato.

A Assembléia Local deve prover meios para que as pessoas tenham acesso fácil aos livros Bahá'ís, em especial para comprá-los.

(10) Trabalhe sistematicamente, ou seja, acompanhe organizadamente seus esforços de ensino.

Esta fase final é realmente gratificante, pois você estará mantendo contato ou com Bahá'ís recém-declarados (os quais não deve abandonar nunca), ou com pessoas interessadas.

Telefone, mande e-mail, fax, visite, arranjando sempre uma desculpa justificável (nunca proselitista, indesejável) para renovar contatos com as pessoas. Deseje-lhe felicidades, saúde, tudo de bom, e convide-o para novas reuniões.

A NAVE ESPACIAL ESTÁ CHEGANDO A MARTE

É a hora de fazer o convite oficial para a pessoa contatada se declarar bahá'í.

Havendo a integração regular da pessoa em atividades Bahá'ís, a oportunidade para falar com ela sobre sua declaração é algo muito pessoal. O instrutor deve estar atento e sempre confiante de que Bahá'u'lláh vem trabalhando o coração da pessoa. O instrutor é apenas um instrumento do poder divino. Mas não deve atrapalhar a ação invisível da força do ENSINO. Quem ouve falar da Fé, quem lê um livro bahá'í, quem faz alguma oração revelada, quem tem sinceridade e sede da verdade, sem dificuldade alguma responderá SIM ao nosso convite. Ore e busque o momento certo.

Esclareça as últimas dúvidas que o contato ainda tenha, e explique que a assinatura e preenchimento do cartão é um ato administrativo, o registro dele na comunidade bahá'í.

Ser Bahá'í é algo íntimo, espiritual, a comunhão do coração humano com Deus, através de Seu Mensageiro escolhido, Bahá'u'lláh.

As seguintes orientações oficiais da Fé esclarecem o que significa declarar-se bahá'í:

"O chamado e a mensagem que transmitimos nunca foram destinados a atingir ou beneficiar apenas um país ou somente um povo. A humanidade inteira deve aderir firmemente a qualquer coisa que lhe tenha sido revelada e concedida."

"Ele dotou cada alma com a capacidade para reconhecer os sinais de Deus."

Bahá'u'lláh

"Aqueles que se declaram Bahá'ís devem ficar encantados com a beleza dos ensinamentos e tocados pelo amor de Bahá'u'lláh. Os declarantes não necessitam conhecer todas as provas, história, leis e princípios da fé, mas devem, durante o processo de se declararem, além de captar a centelha da fé, ficar basicamente informados a respeito das Figuras Centrais da Fé, assim como a respeito da existência de leis que devem seguir e de uma administração à qual devem obedecer."

A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

"Após a declaração, os novos crentes não devem ser deixados para fazer o que quiserem. ...Esses amigos devem ser fortalecidos pacientemente e ajudados amorosamente a evoluírem para uma completa maturidade bahá'í.

A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

Se você pode ter a vida eterna, por que deixar-se morrer na infância ou na juventude?

* Não é difícil iniciar qualquer projeto.
* Não é fácil impulsioná-lo à ação.

* Nem todos têm paciência para esperar o tempo necessário.

* Só os fracos e os covardes, porém, fogem da batalha antes de vê-la chegar ao fim, quando, quase sempre, se tivessem persistido teriam alcançado a vitória.

Mesmo indo de avião a 900 quilômetros por hora, existem pessoas que não se conformam que uma viagem até Nova Iorque demore doze horas. Gostariam de alcançar sua meta em bem menos tempo, e se não conseguem, reclamam, impacientam-se e... se pudessem... desceriam no meio do caminho.

O ENSINO TEM SEU TEMPO DE COLHEITA

Mas desistir logo no início, ou mesmo no meio da viagem, é como deixar-se morrer na infância, ou na juventude, quando Deus nos deu a oportunidade de vivermos muitos e muitos anos, até uma idade avançada... e depois... a vida eterna.

Que lamentável seria escolhermos o caminho dos fracos e dos covardes, ainda mais quando nossos Mestres divinos nos dizem:

"Talvez o fato de não haverdes realizado muito no campo de ensino seja por causa do grau em que tendes considerado vossas próprias fraquezas e incapacidades para difundir a Mensagem."

Bahá'u'lláh, e também o Mestre, nos exortaram repetidas vezes a não levarmos em conta nossas próprias fraquezas e, sim, a colocarmos nossa inteira confiança em Deus. Ele haverá de nos socorrer, se nós apenas nos levantarmos e nos tornarmos veículos ativos para a ação da graça divina.

Pensais que são os instrutores que fazem conversões, que transformam os corações humanos? Não, certamente que não. São eles apenas almas puras que dão o primeiro passo e então deixam ao espírito de Bahá'u'lláh a tarefa de as comover e utilizar.

Se qualquer um deles considerasse - ainda que fosse apenas por um segundo - que suas realizações são devidas às suas próprias capacidades, sua obra estaria terminada e precipitaria sua queda. É esta, de fato, a razão por que tantas almas competentes, após maravilhosos serviços, se vêm de súbito absolutamente incapazes e talvez rejeitados pelo Espírito da Causa como sendo almas inúteis."

SHOGHI EFFENDI

"A plenitude de vosso êxito ainda não foi revelada; sua significação não foi ainda apreendida. Dentro em breve havereis de testemunhar, com vossos próprios olhos, quão brilhantemente cada um de vós, assim como uma estrela cintilante, irradiará a luz da Guia Divina no firmamento de vosso país e conferirá a seu povo a glória de uma vida eterna...

O âmbito de vossas realizações futuras permanece ainda encoberto. É minha esperança fervorosa que, num futuro próximo, toda a terra se comova e abale com os resultados de vossas façanhas."

'Abdu'l-Bahá
(citado por Shoghi Effendi, em
O ADVENTO DA JUSTIÇA DIVINA, págs. 111/112)

"Elevai vossos corações acima do presente e contemplai o futuro com olhos de fé. Hoje, a semente está lançada, o grão cai sobre a terra, mas, observai, virá o dia quando se levantará uma gloriosa árvore cujos ramos estarão carregados de frutos.

Regozijai-vos e alegrai-vos porque este dia amanheceu; procurai compreender seu poder, pois é deveras maravilhoso!

Deus vos premiou com honra e em vossos corações colocou uma estrela radiante; daí, verdadeiramente, a luz iluminará o mundo inteiro."

'Abdu'l-Bahá

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